quarta-feira, 26 de junho de 2013

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sexta-feira, 21 de junho de 2013

Mais sobre fala de crianças

E como desenvolvimento infantil é um tema que sempre me interessa...  Desenvolvimento da fala é algo que merece muito minha atenção, e acredito que muita gente tem, no mínimo, curiosidade em saber o que acontece em uma sessão de fonoaudiologia, por exemplo.

Eu já participei de algumas sessões, não como paciente, mas acompanhando o paciente, no caso, meu filho. Normalmente os profissionais não gostam que a criança entre acompanhada, mas em alguns momentos isso foi necessário e eles "toleraram", deixando bem claro que eram exceções.

Praticamente depois de todas as sessões, entretanto, eu tive minhas próprias micro-sessões particulares. Nelas, as profissionais (por acaso todos profissionais que atenderam meu filho eram mulheres, mas tenho certeza que existem homens na profissão, também) falavam como tinha sido a sessão, o que eu tinha que fazer em casa e, em alguns casos, me davam puxões de orelhas por não fazer os exercícios nos outros dias.

Sim, o tratamento fonoaudiológico continua em casa. Aliás, a grande maioria dele é feita em casa. As sessões servem basicamente para familiarizar o paciente com o exercício e acompanhar os progressos - resultado dos exercícios martelados em casa - além de observar as principais dificuldades.

E continuar em casa é o grande desafio, eu diria. É muito difícil vencer a manha do filho e conseguir que ele faça, com regularidade e aplicação, os exercícios em casa. E é mais difícil ainda vencer a sua própria acomodação com a situação, que na maioria das vezes é inconsciente.

Não é que você não quer que seu filho aprenda a falar direito. Mas é que você já aprendeu a entendê-lo, como se fosse um outro idioma, e já não sente mais aquele estranhamento. Eu mesma tenho que me forçar a lembrar que a maioria das pessoas ainda não entende tudo o que meu filho fala. E olha que no caso dele ainda tem muitas coisas que só o irmão mesmo para entender - o fiel, leal e querido tradutor simultâneo.

Você ouviu falar sobre o projeto do Ato Médico?

Em meio às (muitas) informações sobre as manifestações dos últimos dias, um assunto importante não está chamando muita atenção do "grande público": a aprovação, em 18 de junho, do projeto do Ato Médico.

O projeto regulamenta a atividade médica, restringindo à categoria atos como a prescrição de medicamentos e o diagnóstico de doenças. Ficou quase onze anos tramitando no Congresso, sendo tema de nada mais do que 27 audiências públicas. O caminho natural, agora, e aguardar a sanção presidencial.

O projeto, na forma aprovada em Plenário, estabelece que são exclusivas do médico as seguintes atividades: cirurgias, aplicação de anestesia geral, internações e altas, emissão de laudos de exames endoscópicos e de imagem, procedimentos diagnósticos invasivos e exames anatomopatológicos (para o diagnóstico de doenças ou para estabelecer a evolução dos tumores).


Alguns profissionais da área de saúde têm questionado a Lei, e é possível encontrar alguns protestos sobre o assunto, bem-humorados, em meio aos cartazes carregados pelos manifestantes que foram – e continuam indo _ às ruas para pedir o recuo do preço da passagem, fim da corrupção, mais verba para saúde e educação, saída do Renan Calheiros etc. e tal.

Já no Senado, segundo notícia veiculada pela própria agência do Senado, o único que achou o texto do projeto “um pouco estranho”, digamos assim, foi o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), que disse não concordar com a ideia de se fixar uma lei para uma  profissão tão dinâmica como a de médico. Ele acredita que a legislação corre o risco de ficar obsoleta em pouco tempo, já que a ciência médica está sempre em evolução.

Os profissionais de saúde acham que o buraco é um pouco mais embaixo, e criticam o texto que dá margem para interpretações diferentes. Segundo eles – fonoaudiólogos e enfermeiros, por exemplo - o projeto cria instabilidade jurídica, além de validar uma suposta hegemonia dos médicos sobre outras categorias profissionais da área de saúde. E, por fim, apontam questões de ordem prática, como a coleta de material para exames clínicos, que hoje é feita normalmente por enfermeiros. Pelo texto do projeto, afirmam eles, não fica claro sobre quem deverá fazer essa coleta.

Escritores preferidos

Não é fácil dizer o nome de somente um. É até difícil de lembrar de um quando alguém pergunta de sopetão. Medo de cometer injustiças...

O que faz você adorar um livro? É a história em si, ou o jeito do autor contá-la? Não sou capaz de responder. Sei que já li livros que me fizeram ter vontade de conhecer outras obras do autor, e outros que me deixaram decepcionada com o autor... Sim, eu já comecei a ler livros (muitas vezes) com uma expectativa enorme, motivada por alguma recomendação entusiasmada, e acabei desistindo de ler simplesmente porque não gostei. Não gostei do jeito do autor escrever ou da história em si? Sei lá.

Sei que tenho autores de quem gosto independentemente de qualquer coisa - como Paul Auster, Hemingway, Philip Roth, Doris Lessing, Henry James... Tantos outros. Destes, vou ler qualquer coisa, sempre que puder e sempre que o livro cair em minhas mãos. E vou gostar todas as vezes, mesmo quando achar fraquinho. Não gostar, nunca. Vou sempre ver como um passo necessário para a próxima grande obra.

Também já li livros dos quais gostei somente porque a história era boa. Acredito que um bom escritor não está necessariamente ligado a uma boa história, mas uma boa história exige um bom escritor. Senão vira uma história ruim.

Difícil de entender? Talvez. Mas faz tanto sentido para mim...

Beijos!

Por que meu filho não fala ou fala errado?

As perguntas "Por que meu filho não fala?" e "Por que meu filho fala errado?" têm somente uma resposta: porque cada criança tem seu próprio tempo. Muitos pais já devem ter ouvido isso, e muitos devem ter continuado angustiados. Afinal, a comunicação é fundamental, e quando a criança começa a interagir por meio da conversa é incrível. Uma nova etapa do relacionamento com o filho começa. Portanto, nada mais natural do que querer que o filho comece a falar logo, de preferência de um jeito compreensível.

O problema é que esse "logo" às vezes demora. Já ouvi fonoaudiólogos falarem que, se aos quatro anos a criança ainda apresenta dificuldades de linguagem, é bom procurar um especialista. Mas eu mesma já vi crianças mais velhas que falavam, sim, bastante errado, mas com quem era perfeitamente possível conversar e que, principalmente, sabiam que falavam errado e não demonstravam o menor desconforto com isso. Sei também que quanto mais madura a criança estiver - e essa maturidade nem sempre é diretamente proporcional à idade - mais rápido e eficiente é o tratamento fonoaudiológico. Portanto, às vezes você coloca a criança cedo numa terapia porque quer resolver a questão logo, e ela acaba levando mais tempo do que você imaginava.

Eu mesma já vi meu filho ficar um ano fazendo fono sem praticamente apresentar nenhum resultado, e depois de voltar de férias de um mês, progredir a cada sessão o que a terapeuta esperava que ele tivesse progredido no ano anterior inteiro.

A grande questão é que muitos pais querem que o filho aprenda a falar direito antes de começar a ser zoado na escola... É possível que algum coleguinha tire sarro de seu filho porque ele fala errado? É possível e é provável. Se não for por isso, vai ser porque ele (ou ela) usa óculos, ou é gordinho(a)/magrinho(a). E a lista
de motivos só aumenta conforme a criança fica mais velha.

Felizmente hoje as (boas) escolas estão muito atentas a esse tipo de perseguição. Evito usar o termo bullying, porque no meu entendimento aplica-se a algo radical. E sabemos que as pequenas zoeiras muitas vezes vêm dos amigos mais próximos, que logo completam: "É brincadeira..."

De qualquer forma, coloco a seguir uma breve explicação sobre como as crianças começam a falar, feita pelo fonoaudiólogo Jaime Luiz Zorzi, autor do livro "Aquisição da linguagem infantil", da Editora Pancast (1993). O livro fala sobre o desenvolvimento e alterações da fala, além da terapia indicada, e entre outras coisas, o autor faz uma relação do ato de brincar, ou como ele chama, condutas simbólicas/representativas, com a formação das imagens mentais da criança e a aquisição da fala propriamente dita.

Vale a pena citar o autor: "(...) a certa altura do desenvolvimento da criança começamos a observar determinados comportamentos que facilmente identificamos como brincadeira. Mas é uma brincadeira diferente, porque envolve um fazer-de-conta, um brincar ou jogar simbolicamente. Nesse mesmo período, que comumente corresponde ao decurso do segundo ano de vida, observamos também as primeiras palavras ou enunciados verbais ligados ao desenvolvimento da linguagem" ((ZORZI, 1993, o. 13).

Portanto, observe seu filho brincando. Se perceber que ele ainda não faz isso, que tal fazer a proposta diretamente? Pode ser sobre uma história que ele ou ela conheçam, como a dos Três Porquinhos - "Faz de conta que eu sou o lobo mau. Quem você quer ser?" - ou uma situação que faz parte da rotina da criança - "Vamos brincar de dar banho no ursinho de pelúcia?".

Beijos!

Vai no protesto?

Você já deve ter ouvido de sua janela, na televisão ou lido no Facebook: "Vem pra rua!". Se você já foi, já tem uma ideia do que vai encontrar. Se não foi, ainda tem chance. Não é porque as tarifas dos ônibus recuaram que as manifestações vão terminar. Nesse final de semana, novos protestos estão programados. Sei que tem um na região do Morumbi, zona oeste da capital, no sábado, dia 22 de junho, às 10h da manhã. E no domingo(23 de junho), no MASP, às 9h, será a vez do pessoal que ainda não conseguiu ir porque tem filhos pequenos, ou não teve coragem de levar junto. É o Ato Brincante. Já vi notícias de que terão outros nos mesmos moldes, em outras regiões da capital. Quanto ao interior, confesso que ainda não ouvi nada... Alguém já ouviu? Cada um sabe o quanto seu filho é pequeno, e se quer ou deve levá-los em passeatas ou seja lá o que for. Vi fotos de manifestações em que mães estavam com crianças de 3, 4 anos. Como falei, cada um sabe de si. É algo para se pensar com calma, principalmente com os baderneiros infiltrados de plantão. Mas o Ato Brincante parece uma ideia bem legal. Está rolando na internet uma recomendação para que os manifestantes que não concordam com os atos violentos sentem-se no chão para que a polícia identifique mais facilmente os verdadeiros baderneiros (e você não apanhe de graça...). Boa. Só torço para que funcione, pois nas imagens que eu vi dos atos violentos, em alguns era bem fácil identificar o pessoal que estava depredando. Um deles já ficou até famoso, o estudante de arquitetura marombado Pierre Ramón (é isso mesmo?), que, dizem as línguas na internet, é filho de um empresário do setor de transporte coletivo. E ouvi dizer que esse cara já foi solto... Será que vai dar em alguma coisa? Vale a pena acompanhar essa história. Beijos!

Miscelânea para viver melhor

Sabe quando você pega uma revista sobre boa forma, saúde ou beleza, e encontra espalhadas pelas páginas uma porção de dicas legais sobre como manter a forma, emagrecer ou cuidar da saúde? Pois é, são tantas dicas que acabamos esquecendo a maioria delas quando pegamos a próxima revista. Vale a pena lembrar algumas: - Cuidado com os alimentos Diet! Estudos encontraram uma possível relação entre o consumo destes alimentos e a depressão. Parece que o perigo é para quem bebe até quatro copos de refrigerantes ou sucos diet por dia... Na dúvida, prefira os sucos não adoçados. Já evitar refrigerante, acho que todo mundo sabe, não? - Não atrase o almoço. Pois é, todo mundo sempre falou sobre não jantar tarde, porque o metabolismo fica mais lento (Perigo! Ganho de peso à vista!). Mas sobre almoço eu nunca tinha ouvido falar nada. E como eu, acho que muita gente vira e mexe almoça lá pelas duas, três da tarde... Isso quando não pula direto a refeição e/ou come bobagem. Pois é, um estudo americano acompanhou 420 pessoas durante 20 semanas, e concluiu que almoçar depois das 15h pode fazer você ganhar uns quilinhos... - Não fique muito tempo sem comer. Essa dica tem relação com a anterior. O mesmo estudo descobriu que os participantes que almoçaram antes das 15h durante as 20 semanas perderam 30% mais peso em relação ao pessoal que comia mais tarde e acabava aumentando o intervalo entre as refeições. Isso porque ficar mais de quatro horas sem comer obriga o nosso organismo a liberar mais insulina, para levar glicose às nossas células em caráter de emergência. Resultado: mais peso. Recomendação expressa: almoço, no máximo às 14h. O ideal, sempre às 13h. - Não consegue almoçar sempre no mesmo horário? Paciência, mas cuidado: nada de ficar sem comer nada até a hora em que vai (finalmente) conseguir almoçar. Faça um lanche leve (e saudável, por favor!), e quando chegar a sua hora do almoço, coma direito e com calma. Beijos!